terça-feira, 9 de outubro de 2007

Piracicaba, Rio de navegação?

O Rio Piracicaba, este mesmo que chega ao Vale do Aço trazendo no que restou de suas águas pilhas de resíduos, no século XVIII foi um rio de navegação. Em suas águas subiam várias embarcações, comandadas pelos bandeirantes e faiscadores que atraídos pelas riquezas minerais do sertão, se instalaram à margem direita do Piracicaba.
No local onde atualmente está localizado o bairro Alegre, em Timóteo, por exemplo, era um ponto de apoio para as embarcações que subiam ou desciam o Rio Piracicaba em direção à Vila Rica, Vitória ou cidades vizinhas. Hoje em alguns lugares do rio é possível atravessa-lo à pé e sem grandes dificuldades. Apoluicao seguida do desmatamento exacerbado, em prol do desenvolvimento (o preço do progresso), trouxe como conseqüência o desmatamento da mata ciliar e uma crítica situação no que diz respeito ao assoreamento do rio e suas nascentes.
A população ribeirinha hoje sofre as conseqüência do desmatamento e falta de políticas de preservação que deveriam ter sido implantadas no decorrer dos anos, principalmente pelas grandes empresas que se instalaram às margens do rio.

Que diria o poeta que em forma profética, escreveu os seguintes versos na década de 80, vendo a situação em que se encontra o rio na atualidade?

Rio Piracicaba

Meu rio Piracicaba
Minha bela região
Tudo aqui se esvai, acaba
De tanta poluição

Que fizeram com teu vale
Prometendo nova messe...
È por isso que carece
Revoltar... Grite... Não cale!

Meu Rio Piracicaba
Tuas águas choram... choram...
Já nem mesmo tem Piaba
Tuas matas já se foram

Meu Rio Piracicaba
Que fizeram ao teu lençol?
_ É chapéu que falta a aba.
_ É dia que não tem sol.

Meu Rio Piracicaba
Faço meu o teu lamento
É por isso que eu tento
Te rimar Piracicaba